terça-feira, março 30, 2010

Vaticano: celibato não é a causa de casos de pedofilia

O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção dos Cristãos, cardeal Walter Kasper, disse ontem que o celibato não está relacionado aos casos de pedofilia na Igreja Católica revelados nas últimas semanas. "Não é um dogma, mas uma velha tradição, e não é necessário revisar essa legislação." A onda de escândalos de menores abusados por sacerdotes já atingiu Irlanda, Holanda, Áustria, Alemanha, Suíça e EUA.

Fonte: Folha de São Paulo, 30 de março de 2010.

Várias organizações laicas católicas, entre elas o movimento internacional "Somos Igreja", além de associações de ex-padres casados, solicitam há muitos anos o fim da tradição.

Desde o início, no século IV, a Igreja Católica institucionalizou a castidade e o celibato com uma ordem do Papa, ou seja, humana. Por este motivo, outras igrejas cristãs não praticam a abstinência sexual e o celibato.

Fonte: Terra

NOTA: Novamente o grande problema da Igreja Católica - colocar a Tradição acima da autoridade bíblica: "E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo. Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado" (1Co 7:8 e 9).

Compulsão por gordura funciona como vício em cocaína

Uma pesquisa publicada esta semana afirma que os mecanismos do corpo que provocam vício em drogas são os mesmos que geram a compulsão por comer alimentos calóricos.

A pesquisa feita pelo Scripps Research Institute, no Estado americano da Flórida, afirma que, assim como o vício em drogas como cocaína, a compulsão por comidas gordurosas – como doces e frituras – é extremamente difícil de ser combatida.

O estudo, realizado com camundongos, mostra que as partes do cérebro que lidam com o prazer deterioram-se gradualmente na medida em que o consumo vai aumentando. Essas regiões do cérebro vão respondendo cada vez menos aos estímulos, o que fez com que os camundongos comessem cada vez mais, tornando-se obesos.

O mesmo teste foi realizado com heroína e cocaína, e os ratos responderam da mesma forma.

Para o cientista Paul Kenny, que coordenou a pesquisa de três anos, uma dieta com alimentos gordurosos possui elementos que viciam.

"No estudo, os animais perderam completamente o controle sobre seu hábito de alimentação, o primeiro sinal de vício. Eles continuaram comendo demais mesmo quando antecipavam que receberiam choques elétricos, mostrando o quão estimulados eles estavam para consumir a comida."

A experiência foi feita com alimentos que provocam obesidade se consumidos em excesso, como bacon, salsichas e cheesecakes. Os animais começaram a engordar imediatamente. O cientista relata que quando a dieta foi trocada por alimentos mais saudáveis, alguns deles se recusaram a comer e preferiram não se alimentar.

Depois de analisar o resultado da pesquisa com camundongos, Kenny e sua equipe estudaram os mecanismos que provocam a compulsão.

O receptor D2 responde à dopamina, um neurotransmissor que está relacionado à percepção de prazer – como o provocado por comida, sexo ou drogas.

Quando há excesso no consumo de drogas como cocaína, por exemplo, o cérebro é "inundado" com dopamina, aumentando a sensação de prazer. Um processo semelhante acontece com dietas gordurosas. Com o tempo, no entanto, o cérebro recebe menos dopamina.

A pesquisa foi publicada neste domingo no jornal Nature Neuroscience.

Fonte: BBC Brasil

Manipulação da atividade cerebral muda julgamento moral

O julgamento moral de uma pessoa pode ser alterado através da manipulação de uma região específica do seu cérebro com um campo magnético, segundo sugere um estudo realizado por cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

No estudo, os cientistas partiram do princípio de que quando julgamos se uma ação é moralmente certa ou errada, nós nos apoiamos na nossa capacidade de compreender o estado mental da pessoa que a praticou.

Assim, os especialistas procuraram enfraquecer a atividade das células de uma região do cérebro que busca entender o estado mental de outros.

A área escolhida - chamada junção têmporo-parietal - fica localizada na parte acima e atrás do ouvido direito.

Primeiro, os pesquisadores usaram um campo magnético aplicado no couro cabeludo que produzia uma corrente fraca que bloqueia temporariamente a ação normal das células dessa área do cérebro de alguns voluntários e depois apresentaram eles algumas situações.

Em uma das situações, por exemplo, os voluntários tinham que julgar se consideravam um ato permissível ou condenável uma mulher servir café com açúcar para uma amiga em que o pó branco adicionado à bebida que tinha um rótulo de "tóxico".

Na história, a substância era açúcar mesmo e a amiga não morreu mas, como deveriam julgar sabendo das intenções da mulher que leu o rótulo que indicava que o pó poderia ser prejudicial à saúde da amiga?

Os pesquisadores constataram que a habilidade dos voluntários de fazer um julgamento moral que exige a compreensão das intenções de outras pessoas - como nesta suposta tentativa de assassinato fracassada - ficou prejudicada.

Mesmo que a amiga não tenha morrido, a ação dela seria condenável ou não?

Outro cenário perguntava aos voluntários se era permissível que um homem deixasse a namorada atravessar uma ponte que ele sabia não ser segura, mesmo que ela tenha conseguido fazer a travessia sem sofrer um acidente.

Em ambos os casos, um julgamento baseado somente no resultado da ação consideraria a mulher que ofereceu o café e o homem que permitiu a travessia da namorada isentos de culpa, mesmo que o comportamento dos dois parecesse ter a intenção de prejudicar outras pessoas.

Nestes dois casos, os cientistas descobriram que quando a junção têmporo-parietal tem seu funcionamento afetado, as pessoas têm maior probabilidade de julgar tentativas fracassadas de prejudicar outra pessoa como atos moralmente permissíveis.

A habilidade de interpretar intenções foi prejudicada e os voluntários se viram forçados a se concentrar mais nas informações sobre o desfecho da história ao fazer um julgamento.

O trabalho científico foi publicado na última edição da revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte: BBC Brasil

NOTA: É inevitável e aterrorizante pensar em uma aplicação em larga escala desta descoberta o que resultaria na manipulação de massas, ao maior estilo Big Brother...

OMS exagerou alerta sobre gripe suína

Quase um ano após os primeiros sinais do vírus H1N1, o Conselho da Europa conclui que a Organização Mundial da Saúde (OMS) exagerou no alerta em relação à pandemia de gripe suína. Em Genebra, a agência de saúde da ONU anunciou que iniciará um processo de revisão de seus trabalhos, inclusive sobre o uso da palavra "pandemia" em futuras crises. Apesar da polêmica, a OMS insistiu que o Brasil mantenha seu programa de vacinação.

Deputados no Conselho da Europa chegaram à conclusão de que a OMS colocou em risco a credibilidade de entidades internacionais ao exagerar em seu alerta sobre a gripe suína. O relatório, elaborado após três meses de investigações, aponta que essa perda de credibilidade põe em risco milhares de vidas.

O documento foi redigido pelo deputado trabalhista britânico Paul Flynn, vice-presidente do comitê de saúde do conselho. "Quando a próxima pandemia aparecer, muitos não darão credibilidade às recomendações da OMS. Eles se recusarão a ser vacinados e colocarão suas vidas e de outros em risco", diz o texto.

O relatório lembra que a estimativa oficial era de até 65 mil mortes apenas na Grã-Bretanha. Um ano depois, foram apenas 360. No mundo, 17 mil morreram pela gripe em um ano.

O documento também acusa a OMS de falta de transparência em relação à decisão de decretar a pandemia e alerta que os especialistas que tomaram a decisão poderiam estar sob influência das empresas de medicamentos.

Defesa: Ontem, o chefe da divisão de influenza da OMS, Keiji Fukuda, voltou a defender a decisão da entidade de decretar a pandemia. Ele também anunciou que a revisão das regras para futuras declarações de pandemia começa a ser revista a partir da semana que vem.

Uma das possibilidades será a de incluir nos critérios novos itens, antes de decretar uma pandemia. Na OMS, o único critério é o de que um vírus tenha uma disseminação em mais de dois continentes de forma sustentável. Esse foi o caso do H1N1. O que ninguém previa é que o vírus não seria tão severo. O resultado foram centenas de milhares de doses de vacinas encalhadas.

Fukuda admite até mesmo rever o uso da palavra "pandemia" em próximos casos de vírus.

Fonte: O Estado de São Paulo

sexta-feira, março 19, 2010

Lovelock: o adorador de Gaia

O inglês James Lovelock causou polêmica na comunidade científica internacional ao propor a Teoria de Gaia, em que afirma que a Terra é um organismo vivo, que reage, em grau de igualdade, a qualquer outro organismo que a afete. Em outras palavras, Lovelock acredita que, ao destruir aos poucos o planeta, a raça humana corre um grande risco de receber uma resposta a altura e entrar em extinção.

Com as evidências do aquecimento global, a teoria do cientista vem se tornando cada vez mais popular, o que fez com que, aos 90 anos, ele lançasse mais um livro sobre o assunto: o “Gaia: Alerta Final”.

Publicado no Brasil no início de janeiro, pela Editora Intrínseca, a obra pretende analisar a atual situação do planeta, com foco na questão política. A partir de dados científicos, Lovelock busca contestar “os brandos relatórios divulgados pelo IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU”, que, na opinião do escritor, mostram uma realidade muito menos ameaçadora do que, de fato, vivemos.

Na obra, Lovelock ainda defende a ideia de que reduzir a queima de combustíveis fósseis, passar a usar formar alternativas de energia e diminuir o desmatamento das florestas não é suficiente para salvar o planeta. Para ele, a Terra está abrigando pessoas e animais em excesso e, por isso, recorrer às ideias verdes convencionais não é suficiente para acabar com a crise que vivemos.

Fonte: Planeta Sustentável

NOTA: À semelhança do nazismo, o movimento ECOmênico atual tem buscado destilar seu alarmismo e pessimismo ao redor do mundo... A mesma eugenia que estava por trás do nazismo também pode ser percebida atualmente: "a Terra está abrigando pessoas e animais em excesso" (é a conclusão do autor)... O que o darwinista Lovelock está ensinuando? Que somente os mais fortes devem sobreviver? Já vi esse filme antes (Hitler que o diga)... O medo tem sido uma arma política nas mãos desses adoradores de Gaia...

terça-feira, março 09, 2010

Especialistas não acreditam no fim do mundo

Em menos de três meses, 44 terremotos com magnitude superiores a 6 graus na escala Richter chacoalharam o planeta, segundo registros do centro nacional norte-americano de pesquisa geológica (USGS). A estimativa é que, ao todo, os tremores tenham causado esse ano mais de 223 mil mortes – o que já faz de 2010 o segundo pior ano da década em número de vítimas relacionadas a tremores. Apesar disso, os especialistas garantem: o mundo não está acabando.

De acordo com os sismólogos, não há relação visível entre os elementos ligados à formação desses terremotos e é mero acaso a sequência de tremores nas Ilhas Salomão (3 de janeiro, 7,2 graus), no Haiti (12 de janeiro, 7 graus), no Japão (26 fevereiro, 7 graus), no Chile (27 de fevereiro, 8,8 graus) e na Turquia (8 de março, 6 graus).

"Eles são todos terremotos, ou seja, têm a mesma definição: liberaram energia porque a rocha não resistiu a um esforço acumulado por um longo tempo. Mas eles não têm relação entre si, estão em placas litosféricas diferentes", afirma Tereza Higashi, professora de geofísica da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em entrevista ao UOL Notícias. "Felizmente, não. Ainda não é o fim do mundo."

Para refutar a impressão de que estamos vivendo terremotos cada vez maiores, a professora cita dois enormes terremotos do passado: o tremor que atingiu a ilha de Sumatra em 2004, provocando cerca de 228 mil mortes; e o maior terremoto já registrado na história, que atingiu o Chile com a magnitude de 9,5 graus, em 1960. "Terremotos ocorrem desde que a Terra foi formada", lembra a professora.

José Roberto Barbosa, técnico de sismologia da Universidade de São Paulo (USP), reitera que os tremores recentes são independentes entre si. "Ninguém conseguiu comprovar que haja relação entre esses terremotos", afirmou.

O especialista afirma ainda que é impossível prever se no decorrer do ano podemos esperar uma atividade sísmica mais ou menos violenta.

"Pode ser uma coincidência. Pode ser que não aconteça mais nenhum tremor o resto do ano, pode ser que mês que vem um novo grande terremoto aconteça", afirma.

O próprio centro nacional norte-americano de pesquisa geológica USGS oferece em seu site uma hipótese para explicar por que temos a impressão de que as tragédias estão aumentando.

"Muitas pessoas em todo o mundo continuam a nos perguntar se o número de terremotos está subindo. Embora possa parecer que estamos tendo mais terremotos, tremores de magnitudes superiores a 7 se mantêm praticamente constantes", afirma a USGS.

"Uma explicação parcial pode estar no fato de que nos últimos 20 anos nós tivemos um aumento no número de terremotos que conseguimos identificar a cada ano. Isso se deve ao tremendo aumento no número de estações sismográficas no mundo e as melhoras na comunicação global", acrescenta. "Em 1931, havia cerca de 350 estações operando no mundo; hoje elas são mais de 8.000".

"De acordo com os dados de longo prazo (desde 1900), é possível esperar em média 17 grandes terremotos (de 7 e 7,9 graus) e um enorme terremoto (8 graus ou mais) por ano", conclui.

"Mesmo esses números, são apenas uma média", pondera a professora Higashi. "O grande sonho do geofísico é poder prever os terremotos. Mas terremoto é uma coisa muito complicada – no mesmo lugar, ele pode acontecer de maneiras muito diferentes. Mas é por isso que estamos estudando."

Fonte: UOL

NOTA: "Mero acaso" ou "coincidência"... Será? Antes de Seu retorno a esse mundo e do fim de todas as coisas, Jesus revelou que os sinais indicadores aumentariam em frequência e intensidade assim como as dores de parto antes da mulher dar à luz... "Especialistas" tentam provar que os terremotos não estão aumentando, e o que conseguem demonstrar é que sua fé é que está diminuindo. Isso tudo me faz lembrar o ditado popular, "quem avisa amigo é..."

Hora do Planeta

O movimento mundial de alerta contra o aquecimento global "Hora do Planeta 2010" foi lançado nesta quarta-feira [3], pela ONG WWF-Brasil, em cerimônia realizada no Copacabana Palace. O Rio de Janeiro foi escolhido a cidade sede da campanha, cujo objetivo é estimular a população a apagar as luzes por uma hora, no próximo dia 27, das 20h30m às 21h30m.

O secretário municipal de Conservação e Serviços Públicos, Carlos Osório, participou do evento representando o prefeito Eduardo Paes. Segundo ele, a prefeitura vai lançar um desafio à população, para que o Rio seja a cidade com maior adesão à campanha no país e no mundo.

"Esta é a segunda vez que participamos do movimento. Além do Cristo Redentor e da Praia de Copacabana, que já tiveram as luzes apagadas ano passado, vamos incluir a Zona Norte na campanha, desligando as lâmpadas da Igreja da Penha. O Pão de Açúcar e a Pedra do Arpoador também ficarão às escuras e estamos negociando com o exército para que eles participem, apagando a luz do monumento aos mortos na Segunda Guerra, no Aterro do Flamengo", disse Osório.

O movimento surgiu na Austrália, em 2007. No ano passado, a ação contou com a adesão de mais de quatro mil cidades, em 88 países. No Brasil, participaram 113 municípios e 13 capitais. A expectativa da WWF-Brasil é de que até um bilhão de pessoas apaguem as luzes durante a 'Hora do Planeta' em 2010.


FONTE: O Globo

NOTA: Uma bela forma de condicionar a população para a futura Lei Dominical. Em vez de uma hora, que tal um dia?

domingo, março 07, 2010

Folha entrevista blog criacionista

O adventista Michelson Borges se considera um moderado. Diz que ele e seus pares não negam totalmente a contribuição humana para o aquecimento global e condena as tendências "pagãs" do movimento ambientalista. Leia trechos da entrevista. (RJL)

FOLHA - Ser criacionista hoje equivale automaticamente a negar a mudança climática?
MICHELSON BORGES - É bom que fique claro que os criacionistas não negam a mudança climática e nem a parcela de contribuição humana nisso. Contudo, os que têm estudado o assunto perceberam que o aquecimento global não é totalmente provocado pelo ser humano. Trata-se de um fenômeno natural para o qual a ciência ainda não tem um modelo que possa ser corroborado pelas evidências.
FOLHA - Os meios evangélicos e adventistas brasileiros parecem seguir muito de perto as tendências que nascem nos EUA. Não é problemático aceitar um discurso que talvez tenha mais a ver com necessidades sociais e econômicas americanas?
BORGES - Os criacionistas do Brasil reconhecem que a controvérsia entre darwinistas e criacionistas nos Estados Unidos tem certo tom político, uma vez que muitos que defendem o criacionismo por lá fazem parte da chamada nova direita cristã, fortemente envolvida na vida política do país.
Mas não podemos inferir disso que todos os criacionistas estão preocupados em impor suas ideias por via política. Prova disso é a posição da Sociedade Criacionista Brasileira sobre o ensino do criacionismo nas escolas públicas: somos contra.

FOLHA - Qual o motivo teológico de ver o ambientalismo com reservas?
BORGES - Os cristãos entendem que foram incumbidos por Deus de administrar a criação, não por motivações políticas ou movidos por algum tipo de crença pagã de que a Terra seria uma divindade. Se, de fato, órgãos como o IPCC "maquiaram" informações, por que fizeram isso? O medo de que a Terra estaria com seus dias contados foi alimentado. Vimos um fenômeno: o ambientalismo se tornando uma religião urbana de alcance mundial. A pauta ambiental, ao que parece, deve gerar uma mobilização interdenominacional em torno do domingo como dia de observância religiosa e de "repouso da Terra", tendo em vista que esse dia é sagrado para a maioria dos cristãos [coisa inaceitável para os adventistas, para quem só o sábado é sagrado].

Fonte: Folha de São Paulo, 07 de março de 2010.

Leia a entrevista completa aqui.

NOTA: É a primeira vez que a chamada grande mídia menciona fora da seção de cartas a relação entre o aquecimento global e os interesses pagãos por trás desse movimento (incluindo aí a exaltação do descanso dominical). Anteriormente, só VEJA havia destacado o tema na seção de cartas... Vamos aguardar o desdobramento dessa entrevista...

sexta-feira, março 05, 2010

Lugar de religião é na escola?

Historicamente, Igreja e Estado nunca conseguiram uma parceria neutra. Com a evolução das sociedades, o Estado foi se desvinculando da influência da Igreja, tornando-se laico, mais democrático e autônomo.

Mas o Brasil parece estar recuando até o século XIX, segundo alguns críticos ao ensino religioso obrigatório nas escolas públicas brasileiras. Roseli Fischmann é uma delas. Professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Metodista, de São Bernardo do Campo, Roseli é autora do livro Ensino Religioso em Escolas Públicas: Impactos sobre o Estado Laico. Para ela, é preciso deixar bem clara a ideia de que, se a escola é pública, ela precisa ser laica. Ao contrário das escolas religiosas particulares, nas quais os pais matriculam seus filhos por opção, por quererem seguir determinada confissão religiosa, a escola pública pertence ao Estado, ou seja, ela é de todos. “O acordo que o Brasil assinou com a Santa Sé torna o ensino religioso católico obrigatório, bem como o de outras confissões. Para começar, como a Igreja católica pode decidir sobre as outras religiões? Isso não é republicano e nem democrático”, explica a professora, que esclarece ser uma pessoa de fé que defende o Estado laico com argumentos acadêmicos.

Estado laico no papel

Todos os que transitam pelas escolas públicas brasileiras costumam se deparar com símbolos religiosos, geralmente católicos – como crucifixos e imagens da Nossa Senhora -, espalhados pelas salas e dependências. Parece não ser nada significativo, já que a maioria da população brasileira é católica, mas a professora Roseli alerta para o perigo de se privilegiar uma religião em detrimento de outras: “Quando a escola exibe esses símbolos, pode significar que aquela religião é mais importante do que as outras. Além disso, a Constituição, que é o documento mais importante do país, explicita que o ensino religioso é obrigatório, mas facultativo ao aluno. Na prática, isso quer dizer que, em vez de os pais autorizarem ou não que seus filhos assistam a aulas de ensino religioso impostas pela escola, os pais é que deveriam solicitar as aulas à escola para então, mais tarde, o aluno optar por assisti-las ou não”.

Um estudo apresentado em 2008 pela ong Ação Educativa revelou que em todos os estados brasileiros já existem leis sobre o tema. E muitas contêm várias inconstitucionalidades, como ministrar o ensino religioso no ensino médio. As leis se agrupam em três grandes modelos: o modelo interconfessional – que procura reunir um grupo de religiões – é o mais disseminado no país. O problema é que geralmente as aulas seguem os preceitos de religiões cristãs – católica e protestante. O segundo modelo leva em conta as religiões da clientela das escolas e os professores são indicados pelas organizações religiosas. É um modelo administrativamente impossível de ser implantado, pela diversidade de religiões existentes entre a população. E o terceiro modelo defende o ensino da religião como um fenômeno social e histórico. O problema desse modelo é que exige professores muito bem preparados para ministrar as aulas, que não sejam influenciados por suas próprias crenças e saibam enfrentar resistências e incompreensões por parte dos alunos e de suas famílias.

Ética não é doutrina religiosa

Para a professora Roseli, além de todas as dificuldades e suscetibilidades inerentes ao ensino de uma ou diversas religiões, existe o perigo de a doutrina se sobrepor ao processo educativo. “O desenvolvimento da autonomia é o grande objetivo da educação. A pessoa precisa aprender a refletir sobre os fatos, respeitar como o outro pensa, avaliando suas opções e fazendo suas escolhas. A autonomia é ditada pela vida em sociedade. Por isso, é perigoso se um professor recorre a explicações simplificadas como ‘é assim porque Deus quis’. A criança acaba não aprendendo a pensar por si mesma”, afirma a estudiosa, que já há alguns anos vem participando de debates e escrevendo diversos artigos sobre o tema, como o publicado na Revista ComCiência, produzida pelo LabJor – Laboratório de Jornalismo da Unicamp.

Outro perigo é o proselitismo. Mesmo sem querer, um professor pode acabar influenciando a escolha religiosa de um aluno, o que é proibido por lei. “A liberdade de crença é constitucional. A regra da maioria no jogo democrático não pode passar por cima das minorias. Existe um texto constitucional e ele não libera o Estado para ministrar o ensino religioso que melhor lhe convier”.

Um dos mais fortes argumentos de quem defende o ensino religioso nas escolas é que ele pode ajudar a combater a violência e a crise de valores. Outro equívoco perigoso, segundo a professora. “A ética não pode depender de uma religião. Nem se pode sempre evocar um deus para se combater a violência. A escola precisa lidar com esses problemas baseada nos valores humanos. Pois somos todos seres humanos, e precisamos buscar o respeito mútuo como humanos. Se precisarmos evocar uma figura divina para alcançar isso, essa busca se destrói, pois será sempre intermediada por uma divindade. E se uma criança tiver um Deus diferente do meu? E se uma outra não acreditar em nenhum Deus, como fica?”, questiona ela, que é também perita da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para a Coalizão de Cidades contra o Racismo e a Discriminação.

Roseli encerra defendendo a liberdade de consciência: “Ela é a mãe de todas as outras liberdades. As pessoas devem escolher sua religião de forma livre e autônoma, assim como escolhem suas carreiras e seus parceiros. O direito à liberdade de consciência, de crença e de culto é um tripé universal e fundamental.”

Fonte: Opinião e Notícia

O descanso dominical na União Européia

O Parlamento Europeu, em Bruxelas, receberá no próximo dia 24 de Março uma conferência para relançar o debate sobre a protecção do Domingo.

O encontro é organizado pelos deputados Thomas Mann (Partido Popular Europeu) e Patrizia Toia (Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas) e pela Fundação Konrad Adenauer. A iniciativa é apoiada por sindicatos europeus, organizações da sociedade civil e Comissão das Conferências Episcopais da União Europeia (COMECE).

A sessão contará com as intervenções do novo comissário do Emprego e Assuntos Sociais, László Andor, e de especialistas e deputados.

A Comissão Europeia deverá apresentar proximamente um novo projecto de directiva referente ao tempo de trabalho. Na sua versão original (1993), o documento referia que o Domingo seria, “em princípio”, o dia de repouso semanal.

A menção foi retirada em 1996 pelo Tribunal de Justiça Europeu porque o legislador não provou o nexo entre o dia de descanso e a protecção da saúde dos trabalhadores.

A COMECE defende que "um dia de repouso semanal comum" a toda a sociedade permite que as famílias se encontrem e que os cidadãos se dediquem a actividades culturais, espirituais e sociais.

O Domingo, acrescenta a Comissão das Conferências Episcopais, permite manter a coesão das sociedades, sendo por isso "um elemento precioso que convém reabilitar como pilar do modelo social europeu".

Fonte: Ecclesia

NOTA Resta Uma Esperança: No mínimo dois pontos nos chamam atenção nessa notícia. 1. O domingo como dia de descanso, algo que não é muita novidade, mas parece que a sua dimensão ganha contornos importantes para o cumprimento das profecias. 2. Os sindicatos como ferramenta para a execução das leis dominicais. Leiam estas citações:

"Os sindicatos serão um dos instrumentos que trarão sobre a Terra um tempo de angústia tal como nunca houve desde o princípio do mundo. Alguns homens combinarão segurar todos os meios que se possam obter em certos ramos de negócio. Formar-se-ão sindicatos, e os que a eles se recusam unir serão homens marcados." Mensagens Escolhidas, vol. 2, pág. 142.

"Bem depressa se aproxima o tempo em que o poder controlador dos sindicatos será muito opressivo." Ibidem, pág. 141.

Saiba mais: "Solução simples para o aquecimento global".

quinta-feira, março 04, 2010

Lei de observância do domingo causa comoção nas Ilhas Marshall


A Associação de Liberdade Religiosa da América do Norte enviou esse informe de imprensa com um “alerta” por e-mail hoje [23 de fevereiro]:

A República das Ilhas Marshall está considerando a aprovação da lei nº 66, que se for aprovada será conhecida como “Lei de Observância do Domingo, 2010” rotulada como “Lei para santificar o domingo”. “Nenhuma pessoa se envolverá no comércio, seja por prática, profissão ou empresa comercial no domingo" - mas existem exceções.

[...]

Giff Johnson, editor do Jornal das Ilhas Marshall, observa que o comitê legislativo poderia apresentá-la para segunda leitura no final desta semana [26 de fevereiro] (o Parlamento entrará em recesso na próxima semana até agosto) ou deixá-la de lado até a sessão de agosto. "Até sexta-feira", afirma ele, "nós teremos uma melhor leitura se ela vai avançar. Penso que é improvável, mas posso estar errado".

Fonte: Adventist Today

NOTA: As Ilhas Marshall tem cerca de 70.000 habitantes de maioria protestante, e são uma república constitucional, porém, de livre associação com os EUA. O Tratado de Livre Associação entrou em vigor em 21 de outubro de 1986. Será essa uma experiência para o que esta por vir ao mundo? Vamos orar em favor da liberdade religiosa daqueles habitantes...

quarta-feira, março 03, 2010

Meu Pai

Um quarto dos alemães aceitam implantar chip no corpo

Pesquisa feita pela Associação Alemã das Empresas de Informação, Telecomunicação e Novas Mídias (Bitkom) revela que 23% dos moradores do país topam ter um microchip inserido no próprio corpo, contanto que isso traga benefícios concretos a eles. O levantamento, realizado com cerca de mil pessoas de várias cidades, foi divulgado na feira de tecnologia Cebit, que vai até o próximo sábado (7), em Hannover.

A pesquisa tem como objetivo mostrar que a divisão entre vida real e vida digital é cada vez mais estreita. O tema da Cebit neste ano é "Connected Worlds" (mundos conectados).

"Esse é um grande exemplo de quão longe as pessoas querem que as redes cheguem", disse o presidente da Bitkom, August-Wilhelm Scheer.

Pesquisa semelhante feita no final de 2006, na Inglaterra, mostrava que um em cada vinte adultos se dizia disposto a usar um microchip no corpo para evitar o uso de cartões de crédito ou dinheiro vivo nas compras. O estudo, promovido pelo Instituto Britânico para o Estudo do Setor da Alimentação (IGD), mostrava ainda que a proporção aumentava para um em dez quando o público entrevistado era composto por adolescentes.

Fonte: Folha Online

NOTA: É até possível encontrar alguns "benefícios" práticos em ter um chip no próprio corpo. Por outro lado, a invasão de privacidade, e a restrição das liberdades serão uma realidade não só virtual. Esse controle da população já foi profetizado no apocalipse: "para que ninguém possa comprar ou vender" (13:17). Lembrando que a marca da besta será a guarda do domingo por imposição legislativa, enquanto o chip é apenas o meio de controlar as pessoas...